Primeira parada em um novo continente: Melbourne, Austrália!

1 Comentário 21.fev, 2014, 20:34

Depois de 40 dias convivendo com o frio entre o Japão e a China, e diga-se de passagem que era um frio fora dos nossos padrões com temperaturas negativas, chegou o tão sonhado dia de voltarmos para o verão. E foi uma volta triunfal, começando pela Austrália e inaugurando a Oceania, um novo continente para nossa bagagem! É sabido, e acho que até cientificamente comprovado, que o frio deprime. Pois bem, tínhamos um agravante de termos passado 15 dias confinados em um quarto em Beijing e ainda um detalhe que não pode passar desapercebido é que a quantidade de roupas que temos para inverno é infinitamente menor que a quantidade de roupas de verão. Pode parecer bobeira, mas acaba que até isso influencia, não aguentávamos mais vestir a mesma calça, mesma blusa, mesmo gorro. Estávamos desesperados pelo calor, bermudas, regatas, chinelo, suor e tudo mais.

Sair de Beijing e chegar em Melbourne, primeira parada no país, foi uma epopéia! Voamos 2 horas de Guilin para Hong Kong, depois mais 3 horas de Hong Kong para Bangkok e por fim 9 horas de Bangkok para Melbourne. Foram horas infinitas, sendo a tortura amenizada pelo fato de termos colocado os pés em terras tailandesas, país o qual não escondemos nosso amor, admiração e carinho. Foi que foi, até que chegamos!

Do aeroporto de Melbourne pegamos um trem expresso até o centro da cidade e depois um taxi para chegar ao hotel. Sabe criança quando gruda o nariz no vidro do carro? Nós dois estávamos assim, descrentes de alí estar o sol que tanto sentimos falta. Nosso hotel ficava num bairro praiano chamado Santa Kilda. Tem gente que prefere ficar no centro, mas lemos ótimas avaliações sobre essa região e lá tinha tudo que queríamos: praia, ruas charmosas, bons restaurantes e bares – fora transporte público para nos levar a qualquer lugar.

Depois de fazermos checkin no hotel e encaixarmos magicamente nossas malas no menor quarto que ficamos até hoje, saímos pululantes para caminhar e jantar – de bermuda e chinelo enfim. O clima do bairro é incrível, descontraído, com pessoas bonitas, lojas e restaurantes super coloridos, grafites pelas paredes.

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Royal Botanic Gardens Melbourne – Jardim Botânico

No dia seguinte saímos pra passear pela cidade. Primeira experiência foi usar o transporte público, algo bem simples. Compramos nosso ticket pré pago em uma 7eleven (loja de conveniência) e foi tranquilo chegar a todos os pontos que queríamos. Ah, aqui em Melbourne os Trams predominam ao invés de ônibus, o que dá um charme a mais para a cidade, criando um climinha retrô. Uma curiosidade é que aos finais de semana as passagens são mais baratas! Tem país que faz o contrário.

A primeira parada foi no Jardim Botânico. Tem gente que acha que jardins botânicos são todos iguais, mas como eu realmente gosto de flores, plantas, árvores e tudo que vem da natureza, pra mim é sempre um passeio assertivo. E foi! O lugar é impecável na organização, acesso, sinalização de rotas e das plantas. Ficamos 1 hora andando pelas alamedas e tirando fotos. Um amigo que mora na Austrália já tinha me contado que os australianos gostam de fazer piquenique e aqui pudemos comprovar a preferência. Vimos muitas famílias aconchegadas embaixo de árvores com toda parafernalha necessária para passar um dia no parque (no Brasil seria uma farofada, mas aqui é chique! rs). A beleza do lugar vou deixar para o Demetrios contar mais pra vocês:

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Clima esquizofrênico

Eu já tinha lido a respeito do clima de Melbourne, que em questão de minutos muda completamente chegando a derrubar até 10 graus da temperatura e por conta disso antes de sairmos, checamos como seria a oscilação daquele dia. Nos vestimos devidamente em camadas para “descascarmos” durante o dia. Mas a informação que nos faltou foi a respeito do sol… que queima, mas queima de um jeito surreal! Os dois manés saíram de calças jeans e minutos depois de chegarmos ao Jardim Botânico estávamos derrentendo, fritando e ardendo. Reclamações? ZERO. Bastava lembrar da nossa condição 1 semana atrás, congelando no frio na China, para limpar o suor com o maior gosto!

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More? – Mais?

Antes de entrarmos no Jardim Botânico ficamos alguns minutos parados olhando para o céu, esperando um avião que estava escrevendo uma mensagem. Ficamos apostando o que ele escreveria e ninguém ganhou. Ele escreveu “More?”, traduzindo “Mais?”. Gente, eu sou uma pessoa curiosa e aquilo me intrigou de tal maneira que inventei uma história para sossegar meu ânimo.

Imaginei um homem que pede uma mulher em casamento de um jeito bem tradicional e romântico e ela diz “Você ainda não me deu todas as provas de que realmente me ama e que quer casar comigo”. Então ele tatua a inicial do nome dela no pulso e ela diz “preciso de mais provas, não é o suficiente” e ele pula de paraquedas segurando uma faixa “casa comigo!” (ah, ele tem medo de altura!) e ela não se dá por satisfeita. E enfim depois de muitas tentativas, ele escreve no céu: Mais? :) Blagh, voltando a viagem.

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Queen Victoria Market

Do Jardim Botânico fomos para o Queen Victoria Market, o mercado municipal. Chegamos num horário não muito bom, tarde, no fim da feira (no Brasil chamaríamos de chepa, mas aqui a chepa é chique!) e aproveitamos para fazer um almoço diferente. Compramos vários beliscos: tomates cereja recheados com queijo feta, presunto cru enrolado em queijo feta e tomate seco e polvo a vinagrete + 2 cervejas e pronto. Sentamos em uma mesa que tinha na calçada do próprio mercado e matamos nossa vonta de petiscar com qualidade. Momento super delícia.

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Saímos do mercado e fomos andando até a Federation Square, uma praça central famosa pelo contraste da arquitetura moderna com a antiga. E foi nesse momento que sentimos na pele a esquizofrenia do clima de Melbourne. Estava sol, estávamos derretendo e minutos depois começou a chover, ventar e fazer frio. Game Over no nosso passeio, daí voltamos pra casa e para o “aconchego” da nossa cama (é, porque aquilo não era quarto. Só tinha a cama mesmo!).

No dia seguinte amanheceu nublado e resolvemos ficar explorando o bairro, suas ruas, restaurantes, lojas e praia. Fomos no famoso Luna Park, que ficava do lado do nosso hotel, um tradicional parque que tem inclusive um carrosel centenário. Básico e fofinho sabe?

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Na foto abaixo um exemplo de como venta na Austrália. Achamos que era só em Melbourne, mas depois fomos comprovando que é no país inteiro!

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Tem muito mais coisas pra fazer em Melbourne, mas nós usamos a cidade mais como uma base para 1) passear pela Great Ocean Road – uma das estradas mais lindas do mundo e 2) viajar para Sydney de carro – talvez a segunda estrada mais linda do mundo.

Mas isso é história para um outro post.

Informações gerais

Hotel em Melbourne
Tudo na Austrália é muito caro, principalmente para nós brasileiros, então apesar de eu ter reclamado do tamanho do quarto, o hotel tinha um preço razoável comparado aos demais, com uma excelente localização, por isso estou compartilhado o link.
Cosmopolitan Hotel Melbourne

Preço do Tram
+/- U$1,75 por 1 trecho, limitado ao pagamento de U$7 por dia, ou seja, depois que você gastar U$7 pode usar o restante sem pagar.

Royal Botanic Gardens
Como vocês podem conferir no link acima, ele é super bem avaliado no Trip Advisor, está na quarta posição de melhores atrações da cidade.

Sobre o Autor

 Mari Stori

Mari Stori

Mariana Stori é formada em Comunicação Social, área em que atuou durante mais de 12 anos. Atualmente está em um período sabático, junto de seu marido, realizando uma viagem de volta ao redor do mundo.

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1 Comentário

  1. Camilla 24. fevereiro, 2014, 18:16

    Adorei as fotos, mas a história do pedido de casamento roubou a cena. kkkkkkkkkk. Muita saudade, casal.!

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