Primeira parada em um novo continente: Melbourne, Austrália!
Depois de 40 dias convivendo com o frio entre o Japão e a China, e diga-se de passagem que era um frio fora dos nossos padrões com temperaturas negativas, chegou o tão sonhado dia de voltarmos para o verão. E foi uma volta triunfal, começando pela Austrália e inaugurando a Oceania, um novo continente para nossa bagagem! É sabido, e acho que até cientificamente comprovado, que o frio deprime. Pois bem, tínhamos um agravante de termos passado 15 dias confinados em um quarto em Beijing e ainda um detalhe que não pode passar desapercebido é que a quantidade de roupas que temos para inverno é infinitamente menor que a quantidade de roupas de verão. Pode parecer bobeira, mas acaba que até isso influencia, não aguentávamos mais vestir a mesma calça, mesma blusa, mesmo gorro. Estávamos desesperados pelo calor, bermudas, regatas, chinelo, suor e tudo mais.
Sair de Beijing e chegar em Melbourne, primeira parada no país, foi uma epopéia! Voamos 2 horas de Guilin para Hong Kong, depois mais 3 horas de Hong Kong para Bangkok e por fim 9 horas de Bangkok para Melbourne. Foram horas infinitas, sendo a tortura amenizada pelo fato de termos colocado os pés em terras tailandesas, país o qual não escondemos nosso amor, admiração e carinho. Foi que foi, até que chegamos!
Melbourne
Melbourne é uma cidade encantadora e deliciosa! Fica claro porque tantos estudantes a escolhem como destino de intercâmbio, ela é
Do aeroporto de Melbourne pegamos um trem expresso até o centro da cidade e depois um taxi para chegar ao hotel. Sabe criança quando gruda o nariz no vidro do carro? Nós dois estávamos assim, descrentes de alí estar o sol que tanto sentimos falta. Nosso hotel ficava num bairro praiano chamado Santa Kilda. Tem gente que prefere ficar no centro, mas lemos ótimas avaliações sobre essa região e lá tinha tudo que queríamos: praia, ruas charmosas, bons restaurantes e bares – fora transporte público para nos levar a qualquer lugar.
Depois de fazermos checkin no hotel e encaixarmos magicamente nossas malas no menor quarto que ficamos até hoje, saímos pululantes para caminhar e jantar – de bermuda e chinelo enfim. O clima do bairro é incrível, descontraído, com pessoas bonitas, lojas e restaurantes super coloridos, grafites pelas paredes.
Royal Botanic Gardens Melbourne – Jardim Botânico
No dia seguinte saímos pra passear pela cidade. Primeira experiência foi usar o transporte público, algo bem simples. Compramos nosso ticket pré pago em uma 7eleven (loja de conveniência) e foi tranquilo chegar a todos os pontos que queríamos. Ah, aqui em Melbourne os Trams predominam ao invés de ônibus, o que dá um charme a mais para a cidade, criando um climinha retrô. Uma curiosidade é que aos finais de semana as passagens são mais baratas! Tem país que faz o contrário.
A primeira parada foi no Jardim Botânico. Tem gente que acha que jardins botânicos são todos iguais, mas como eu realmente gosto de flores, plantas, árvores e tudo que vem da natureza, pra mim é sempre um passeio assertivo. E foi! O lugar é impecável na organização, acesso, sinalização de rotas e das plantas. Ficamos 1 hora andando pelas alamedas e tirando fotos. Um amigo que mora na Austrália já tinha me contado que os australianos gostam de fazer piquenique e aqui pudemos comprovar a preferência. Vimos muitas famílias aconchegadas embaixo de árvores com toda parafernalha necessária para passar um dia no parque (no Brasil seria uma farofada, mas aqui é chique! rs). A beleza do lugar vou deixar para o Demetrios contar mais pra vocês:
Clima esquizofrênico
Eu já tinha lido a respeito do clima de Melbourne, que em questão de minutos muda completamente chegando a derrubar até 10 graus da temperatura e por conta disso antes de sairmos, checamos como seria a oscilação daquele dia. Nos vestimos devidamente em camadas para “descascarmos” durante o dia. Mas a informação que nos faltou foi a respeito do sol… que queima, mas queima de um jeito surreal! Os dois manés saíram de calças jeans e minutos depois de chegarmos ao Jardim Botânico estávamos derrentendo, fritando e ardendo. Reclamações? ZERO. Bastava lembrar da nossa condição 1 semana atrás, congelando no frio na China, para limpar o suor com o maior gosto!
More? – Mais?
Antes de entrarmos no Jardim Botânico ficamos alguns minutos parados olhando para o céu, esperando um avião que estava escrevendo uma mensagem. Ficamos apostando o que ele escreveria e ninguém ganhou. Ele escreveu “More?”, traduzindo “Mais?”. Gente, eu sou uma pessoa curiosa e aquilo me intrigou de tal maneira que inventei uma história para sossegar meu ânimo.
Imaginei um homem que pede uma mulher em casamento de um jeito bem tradicional e romântico e ela diz “Você ainda não me deu todas as provas de que realmente me ama e que quer casar comigo”. Então ele tatua a inicial do nome dela no pulso e ela diz “preciso de mais provas, não é o suficiente” e ele pula de paraquedas segurando uma faixa “casa comigo!” (ah, ele tem medo de altura!) e ela não se dá por satisfeita. E enfim depois de muitas tentativas, ele escreve no céu: Mais? Blagh, voltando a viagem.
Queen Victoria Market
Do Jardim Botânico fomos para o Queen Victoria Market, o mercado municipal. Chegamos num horário não muito bom, tarde, no fim da feira (no Brasil chamaríamos de chepa, mas aqui a chepa é chique!) e aproveitamos para fazer um almoço diferente. Compramos vários beliscos: tomates cereja recheados com queijo feta, presunto cru enrolado em queijo feta e tomate seco e polvo a vinagrete + 2 cervejas e pronto. Sentamos em uma mesa que tinha na calçada do próprio mercado e matamos nossa vonta de petiscar com qualidade. Momento super delícia.
Saímos do mercado e fomos andando até a Federation Square, uma praça central famosa pelo contraste da arquitetura moderna com a antiga. E foi nesse momento que sentimos na pele a esquizofrenia do clima de Melbourne. Estava sol, estávamos derretendo e minutos depois começou a chover, ventar e fazer frio. Game Over no nosso passeio, daí voltamos pra casa e para o “aconchego” da nossa cama (é, porque aquilo não era quarto. Só tinha a cama mesmo!).
No dia seguinte amanheceu nublado e resolvemos ficar explorando o bairro, suas ruas, restaurantes, lojas e praia. Fomos no famoso Luna Park, que ficava do lado do nosso hotel, um tradicional parque que tem inclusive um carrosel centenário. Básico e fofinho sabe?
Na foto abaixo um exemplo de como venta na Austrália. Achamos que era só em Melbourne, mas depois fomos comprovando que é no país inteiro!
Tem muito mais coisas pra fazer em Melbourne, mas nós usamos a cidade mais como uma base para 1) passear pela Great Ocean Road – uma das estradas mais lindas do mundo e 2) viajar para Sydney de carro – talvez a segunda estrada mais linda do mundo.
Mas isso é história para um outro post.
Informações gerais
Hotel em Melbourne
Tudo na Austrália é muito caro, principalmente para nós brasileiros, então apesar de eu ter reclamado do tamanho do quarto, o hotel tinha um preço razoável comparado aos demais, com uma excelente localização, por isso estou compartilhado o link.
Cosmopolitan Hotel Melbourne
Preço do Tram
+/- U$1,75 por 1 trecho, limitado ao pagamento de U$7 por dia, ou seja, depois que você gastar U$7 pode usar o restante sem pagar.
Royal Botanic Gardens
Como vocês podem conferir no link acima, ele é super bem avaliado no Trip Advisor, está na quarta posição de melhores atrações da cidade.
Adorei as fotos, mas a história do pedido de casamento roubou a cena. kkkkkkkkkk. Muita saudade, casal.!