Primeiro “momento família” da viagem

4 Comentários 28.nov, 2013, 23:16

Um dos motivos que nos levou ao Havaí é que o Demetrios tem uma tia (irmã de seu pai) e dois primos que moram lá. Os tios e um dos primos faziam 17 anos que o Demetrios não via e o outro primo “só” 36 anos.

Daniel, primo mais velho, encontramos em O’ahu com a sua esposa e fomos os 4 jantar em um restaurante muito fofo onde pudemos provar várias comidas tradicionais, havaianas mesmo. Foi uma noite super agradável!

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Mas preciso confessar que emocionante mesmo foi o reencontro com a Tia Katherine, em Hilo. Marcamos um almoço em um restaurante que fica sobre um lago, com uma vista linda. Chegamos mais cedo e ficamos esperando a Tia, ambos com os corações acelerados (eu, que nunca tinha visto a Tia, estava ansiosa por conhecê-la e emocionada pelo Demetrios, que deixou transparecer sua alegria e expectativa com o reencontro).

E ela chegou! Com seus 78 anos não aparentes (exceto pela bagagem explicitada em suas histórias), linda, cheirosa, arrumada e maquiada. Sentamos os três na mesa em estado de êxtase – novamente eu sentindo o reflexo das emoções do Dê. E lá se foram 3 horas na mais deliciosa conversa, cada um contando da sua vida e, a parte que mais gosto, resgatando lembranças do passado e histórias da família do Demetrios.

A Tia preparou uma surpresa para nós e durante o almoço uma das garçonetes veio nos presentear com colares de flores, como manda a tradição havaiana. O colar do Demetrios era de flores vermelhas e o meu de conchas amarelas, ambos lindos! Enfim ganhamos colares de flores!! Só alegria!

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Depois de nos atualizarmos sobre a vida iniciamos uma maratona de passeios com a Tia pelos lugares mais inusitados possíveis. Sabe quando alguém fala “eu fui num lugar que não vai turista, só gente local!”? Foi literalmente isso.

A primeira parada, para alegria do Demetrios, foi em uma tradicional fábrica de doces de Hilo. Fomos presenteados pela Tia com alguns docinhos de café e macadâmia, deliciosos. Vejam na foto abaixo eu posando para a foto, sob orientações da Tia :)

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De lá fomos para o principal cemitério da cidade visitar o túmulo do avô do Demetrios, que apesar de ser grego, passou os últimos 6 anos de sua vida em Hilo com a Tia Kath e lá foi enterrado. Esse momento foi MUITO emocionante. Durante todo o tempo que passamos com a Tia ela foi nos contando inúmeras histórias dos avós do Demetrios, incluindo algumas passagens difíceis de suas vidas na Grécia, como por exemplo as vezes que foram perseguidos por serem Testemunha de Jeová.

O Demetrios ficou em estado de choque quando chegamos. O Papu (como chamavam o avô) tem o nome igual ao dele e não deve ter sido muito divertido ver o seu próprio nome em uma lápide. Mas, passado o susto, ficamos ali alguns minutos em silêncio e respeito.

Não posso deixar de comentar que o cemitério é muito lindo! Ele tem estilo japonês e fica de frente para o mar. Momento mórbido, não resisti e tirei várias fotos. Quem me conhece sabe que adoro a estética de cemitério, acho realmente lindo.

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Saindo do cemitério fomos ver o Tio Ernest, que estava nos aguardando na casa da Tia Kath. Eles moram em uma região alta, de onde é possível ver um pedaço do mar. A casa é rodeada de árvores e flores, uma coisa impressionante. Ficamos pensando na vida que eles levam, moram um pouco afastados do centro de Hilo, naquele canto tão tranquilo e silencioso… quem sabe um dia?!

E na casa da Tia ficamos um tempão vendo fotos antigas. Uma delícia, eu adoro! Gostei de conhecer mais da história que um dia será também a história dos meus filhos. Aliás, tantas histórias interessantes que daria um livro! Quem sabe um dia?! :)

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E da casa da Tia partimos para… a casa do ex prefeito do Havaí (Big Island)! Um casal extremamente simpático de amigos dos Tios que nos receberam de braços abertos. Ficamos um tempo lá batendo papo, contando da nossa viagem e jogando conversa fora. A Tia Kath fez questão de nos apresentar a eles e também queria muito que nós conhecêssemos seus melhores amigos.

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E para finalizar a maratona (que começou as 14h e acabou 23h) fomos jantar em um restaurante japonês onde encontramos o outro primo do Demetrios, o Paul. E lá se foram mais algumas horas de boa comida, saquê e muita conversa.

Voltamos pro hotel exaustos, pois nós fomos encontrar a Tia logo depois de termos chegado do aeroporto – nem banho tínhamos tomado ainda! Não sabíamos que faríamos uma maratona de atividades, mas valeu a pena. Quando chegamos no hotel não conseguíamos parar de falar como tudo tinha sido tão intenso e tão legal. Foi inesquecível!

Não tem nenhuma informação útil para viajantes neste post, mas eu não podia deixar de compartilhar esse dia tão legal que fez parte da nossa viagem.

E que venham outros momentos família! Aloha!

Sobre o Autor

 Mari Stori

Mari Stori

Mariana Stori é formada em Comunicação Social, área em que atuou durante mais de 12 anos. Atualmente está em um período sabático, junto de seu marido, realizando uma viagem de volta ao redor do mundo.

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4 Comentários

  1. Fer 07. janeiro, 2014, 23:40

    Incrível! Descobri hoje o seu site e já amei!

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  2. Camila 28. novembro, 2013, 23:34

    E eu me emociono junto…. Amo histórias contadas pelos mais velhos, sou capaz de passar horas e horas só escutando e ainda querer repeteco!!! Eu tbém adoro arquiteturas de cemitério e acho que acabei aprendendo com vc!!! Rs bjs

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    • Mari Stori AUTOR 29. novembro, 2013, 0:19

      Ca, foi emocionante tipo quando estávamos em Terzo, lembra? Depois hora de se despedir dá um nó na garganta, é difícil, mas vale a pena! Bjs

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