Bilhete de volta ao mundo

Como comprar um bilhete de volta ao mundo

Viajar o mundo é tão comum (não muito no Brasil) que as grandes companhias aéreas criaram um bilhete exclusivo para esse propósito.

Cada empresa possui regras e valores distintos para esse bilhete chamado “volta ao mundo”, mas generalizando funciona da seguinte maneira:

• Existe uma restrição de quantidade de passagens e escalas;
• Existe uma restrição de milhas rodadas;
• Você deverá escolher um sentido (leste ou oeste) e seguir sempre por ele;
• Existe um mínimo de continentes que você deve passar, justamente para caracterizar uma volta ao mundo;
• O último trecho deve retornar ao primeiro;

No nosso caso depois de fazer o orçamento do bilhete de volta ao mundo, tomamos o cuidado de cotar trecho por trecho para avaliar a economia, que foi de R$800,00 por pessoa. Parece pouco  perto do total gasto de R$15 mil por pessoa, mas a grande vantagem do bilhete não está só no desconto, mas sim em:

• Você pode alterar as datas e horários dos vôos quantas vezes quiser, sem custo, com o mínimo de 24 horas de antecedência. Nós dois, por exemplo, antes mesmo de iniciar a viagem alteramos 3 passagens e só nisso economizamos quase U$1.200,00. Só essa flexibilidade ja faz valer a pena, independente da economia;
• Pode também alterar o destino de um trecho, nesse caso com um custo de U$150,00, super em conta;
• O bilhete ajudará no processo de alguns vistos, como por exemplo Austrália, Japão e China. Sem ele seria difícil explicar que você está viajando o mundo mas não tem como garantir ou provar que irá voltar para casa.

Nós conseguimos encaixar no bilhete 50% de todos os nossos vôos, o restante compramos avulso ou deixamos para comprar quando estivermos no país. Foram no total 9 trechos com 2 escalas, totalizando 11 passagens. Todas de longa distância, ou seja, todos os vôos longos de 6 a 10 horas estão no bilhete.

O serviço é tão profissional que uma semana depois de comprarmos, conseguimos reservar os assentos de 9 dos 11 vôos. Uma outra coisa, a regra de bagagem e peso são do bilhete e não da companhia aérea que vai executar o trecho. Temos direito a despachar uma mala por pessoa de até 20kg mais uma mala de mão de 8kg. Bem melhor que qualquer companhia low cost.

Nós escolhemos a Star Alliance por vários motivos: vamos acumular milhas que poderão ser usadas na TAM, achamos que as melhores companhias estão nessa aliança e foi onde conseguimos menos escalas e mais vôos diretos.

A compra do bilhete foi feita 100% por nós, online. No começo eu achei tão confuso que procurei uma agência de viagens para me ajudar, mas não encontrei nenhuma que tivesse experiência nesse assunto, então encarei o desafio e passei duas semanas simulando até efetivamente fechar.

Todas as empresas possuem um aplicativo no site que funciona de maneira muito parecida:

Você começa definindo todos os países que quer passar, na ordem de sua preferência. Se você exceder a quantidade de milhas ou trechos permitidos ele irá gerar um alerta e você só poderá avançar para a próxima etapa quando tiver resolvido todas as inconsistências. Essa é a parte mais complicada e ela será decisiva para sua viagem como um todo. Nós acabamos abrindo mão de alguns países e incluindo outros por conta dessas regras do bilhete.

Os próximos passos são revisar o roteiro e pagar. É nesse momento que a viagem se concretiza! Para finalizar vejam as empresas que oferecem esse ticket. Eu não vou descrever as regras de cada uma, pois imagino que são dinâmicas, podem sofrer alterações e o blog ficaria desatualizado, mas coloquei os links para facilitar.

Star Alliance

OneWorld

Sky Team

Se alguém tiver alguma dúvida ou, melhor ainda, precisar de ajuda para comprar o bilhete, escreve pra gente que apoiaremos com prazer!

Sobre o Autor

Mari Stori

Mariana Stori é formada em Comunicação Social, área em que atuou durante mais de 12 anos. Atualmente está em um período sabático, junto de seu marido, realizando uma viagem de volta ao redor do mundo.

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